Química e Bolonha

Pela pena de Madalena Queirós, o Diário Económico de 23 de Novembro de 2004 publicou o artigo que abaixo se transcreve na íntegra.

quimicaemlinha pergunta aos seus leitores (ler colaboradores):
que notícias temos, nas diversas Universidades e respectivos departamentos de Química, sobre o que já está a ser feito?
E que ideias circulam sobre o que se deve fazer?
Desde já, aqui fica o convite às Universidades de Aveiro e do Minho para aqui apresentarem os avanços realizados na área da Química.

DIÁRIO ECONÓMICO - Terça, 23 de Novembro de 2004 
http://www.diarioeconomico.com/edicion_impresa/index.html
 
Educação
Portugal é último na lista de Bolonha
Madalena Queirós
Universidades de Aveiro e Minho são a excepção.
Portugal é um dos países europeus mais atrasados na adopção da estrutura de graus académicos prevista na Declaração de Bolonha. Um relatório da rede europeia de informação sobre Educação (Eurydice), a que o DE teve acesso, revela que o Governo português não aprovou ainda a legislação de aplicação de uma estrutura de graus em dois ciclos. Apenas a Bélgica, parte francesa, a Grécia e a Suécia estão também nesta fase, embora já estejam a preparar o processo de transição.
A Espanha está numa fase mais adiantada do processo, tendo já aprovado a legislação embora ainda não a esteja a aplicar.
Alemanha, Dinamarca, França e Finlândia são os países mais adiantados, tendo já introduzido a nova estrutura de graus.
O Reino Unido e a Irlanda já tinham este modelo, mesmo antes da assinatura da declaração que prevê a criação de um espaço europeu de ensino superior em 2010.
Em certos países europeus, a organização do ensino superior em dois ciclos principais “constitui uma longa tradição”. Mas a “duração dos ciclos e a denominação dos diplomas variam e não correspondem inteiramente ao recomendado na Declaração de Bolonha”, sublinha o relatório.
Portugal é o único país que ainda não aprovou a legislação que obriga as instituições a aplicar o Sistema Europeu de Transferência de Créditos (ECTS), considerado um dos “elementos centrais do processo de harmonização da estrutura europeia de ensino superior”.
As universidades de Aveiro e Minho são a excepção. A Universidade de Aveiro foi uma das dez instituições europeias a ser premiada pela Comissão Europeia por ter criado um sistema seguro e de confiança no reconhecimento dos períodos de estudo no exterior, através da transferência de crédito.
A adopção do ECTS está já a ser concretizada na maioria dos países europeus.
Preocupado com as implicações e o atraso da aplicação da Declaração de Bolonha, o departamento de ensino superior da Federação Nacional de Professores (FENPROF) organiza amanhã o colóquio “Portugal e o Espaço Europeu de Ensino Superior e Investigação”, na Faculdade de Letras de Lisboa.