Especialistas mundiais no combate a plantas parasitas reuniram-se no ITQB
Oeiras, 30/11/06
Terminou no dia 24 de Novembro, uma reunião europeia do grupo de trabalho da Acção 849 do COST - Cooperação Europeia nas Áreas de Investigação Técnico-científicas - sobre o controlo de plantas parasitas na agricultura.
O evento, coordenado pela investigadora Carlota Vaz Patto do Laboratório de Biotecnologia Vegetal, foi realizado nas instalações do ITQB e contou com a participação de 47 especialistas de 20 países. O principal objectivo desta acção foi promover o conhecimento das interacções entre as plantas parasitas e os seus hospedeiros e o desenvolvimento de meios de controlo sustentáveis para a agricultura europeia e mundial.
Segundo os responsáveis pela organização do evento, Diego Rubiales e Danny Joel, “a falta de envolvimento interdisciplinar tem sido o factor de maior impedimento no progresso do controlo sustentável destas infestantes. Esta acção pretendeu colmatar o problema com a promoção de uma interface entre botânicos, ecólogos, especialistas em anatomia e fisiologia vegetal, bioquímicos, biólogos moleculares, agrónomos, patologistas e químicos, para a realização de projectos de investigação conjunta”.
As plantas parasitas provocam graves danos nas principais culturas agrícolas nas regiões do Mediterrâneo e Tropicais. A eficácia dos meios de controlo disponíveis tem-se revelado mínima. As perdas económicas variam entre 15 a 20 por cento ao nível regional, mas podem ser muito mais severas à escala local, ocorrendo por vezes a perda total da cultura. Ainda segundo os mesmos investigadores, “as plantas parasitas como a orobanca ou a cuscuta são limitações sérias para as culturas europeias como o girassol, o tomate ou as leguminosas de grão como a fava, o grão-de-bico ou a ervilha. Uma estratégia de controlo integrado é necessária e urgente, combinando a utilização de cultivares resistentes, controlo biológico e químico e práticas agrícolas adequadas.