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ITQB e iBET no Festival Nacional de Biotecnologia

Pavilhão do Conhecimento e Mercado da Ribeira acolhem investigadores

Nos próximos dias 10, 11 e 12 de Abril, o ITQB e o IBET estarão presentes no Festival Nacional de Biotecnologia. Durantes estes dias, investigadores e especialistas de 28 instituições científicas e empresas da área da Biotecnologia apresentam actividades para o público no Pavilhão do Conhecimento (10 e 11 de Abril) e na Time Out - Mercado da Ribeira (12 de Abril).

As actividades preparadas para o Festival Nacional de Biotecnologia mostram uma pequena parte das actividades de investigação do ITQB e do iBET, com aplicações na saúde, no ambiente e na agricultura. Os projectos escolhidos para este evento incluem a utilização de enzimas para a degradação de poluentes, o uso de esporos bacterianos como probióticos, a produção de fármacos em células de plantas, as novas ferramentas disponíveis para o melhoramento de plantas, a tecnologia de células animais, a purificação de biofarmacos e a cristalografia.

Como é habitual nas actividades de divulgação do ITQB, serão os próprios investigadores que ajudarão os visitantes a conhecer um pouco melhor a investigação levada a cabo no instituto. Desta vez, teremos também a ajuda de dois jovens embaixadores da biotecnologia, alunos do ensino secundário integrados no projecto internacional World Biotech Tour e que contam com investigadores do ITQB e iBET como mentores.

O Festival Nacional de Biotecnologia é uma iniciativa da World Biotech Tour (na qual o ITQB participa) coordenada pela Association of Science-Technology Centers, com o apoio da Biogen Foundation. O Pavilhão do Conhecimento é o primeiro centro de ciência a receber este projecto.

Associado ao Festival, na quinta-feira, dia 9 de Abril pelas 18h00, a Ciência Viva promove também o 9º Café de Ciência no Parlamento, desta vez dedicado à Biotecnologia e que conta também com a presença de investigadores do ITQB.

E o Festival Nacional de Biotecnologia foi assim:

 

 

Festival de Biotecnologia (Programa)

Programa completo

Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva

10 e 11 de Abril, sexta-feira | 10.00 - 18.00 | Entrada livre com acesso à área expositiva.

Biotecnologia para uma economia circular

Este projecto tem como objectivo seleccionar, caracterizar e melhorar microrganismos e enzimas capazes de degradar corantes sintéticos encontrados nos efluentes de várias indústrias, nomeadamente na têxtil. Além das vantagens para o ambiente, esta biodegradação / transformação pode dar origem a novas moléculas biologicamente activas, tais como antibióticos, agentes antibacterianos, anticancerígenos, pesticidas, entre outros, contribuindo para o desenvolvimento de novas cadeias de valor industrial a partir de efluentes orgânicos. Investigadores: Lígia Martins, Sónia Mendes, Vânia Brissos

Probióticos

Algumas bactérias quando expostas a situações ambientais adversas, formam um novo tipo de célula altamente resistente, chamado esporo. Por serem muito resistentes a condições físicas e químicas extremas (capazes por exemplo de resistir aos sucos gástricos) e fáceis de produzir em grande número, os esporos são um bom veículo para a introdução de bactérias probióticas, ou seja, com efeitos benéficos na saúde, em organismos hospedeiros. Probióticos baseados em esporos bacterianos têm inúmeras aplicações em saúde humana, animal e em plantas. Investigadores: Adriano Henriques, Inês Portinha, José Andrade.

Células de plantas como fábricas de proteínas

As culturas de células de plantas representam um sistema económico e seguro de produção de proteínas recombinantes (proteínas que não são normalmente produzidas pela planta), que podem ter várias utilizações, nomeadamente como fármacos. Este projecto utiliza uma planta leguminosa (Medicago) como fábrica de proteínas humanas usadas no tratamento de doenças e de aditivos para rações animais. Investigadores: Rita Abranches, Rita Santos

Tecnologia de células animais: novas terapias do futuro

Na Unidade de Tecnologia de Células Animais (ACT), são reunidas valências de engenharia, biologia e bioquímica para o desenvolvimento de novas terapias. Venha conhecer algumas noções e exemplos de tecnologias emergentes que têm como base as células como o futuro da medicina. Investigadores: Rita Costa, Sofia Rebelo, Maria João Sebastião, Daniel Simão, Marta Silva, Ana Paula Terasso, Catarina Brito e Margarida Serra.

Aplicação de métodos de purificação de biofarmacêuticos

Nesta demonstração pretende-se representar alguns dos processos de purificação utilizados no dia-a-dia na indústria biotecnológica. Alguns exemplos de produtos biofarmacêuticos que podem ser purificados utilizando os métodos aqui demonstrados são células, vírus e anticorpos. Investigadores: Bárbara Cunha, Sofia Carvalho, Cristina Peixoto.

Os tijolos da vida - a estrutura de uma proteína

Para se poder determinar a estrutura tridimensional de uma proteína humana é primeiro necessário produzir essa mesma proteína em bactérias, células de inseto ou de mamífero. De seguida, através de vários passos de separação conseguimos obter uma solução muito concentrada da nossa proteína-alvo totalmente pura, sem estar contaminada por outras proteínas. Essa solução é então colocada em contacto com precipitantes que obrigam a proteína a sair de solução de uma forma muito ordenada formando cristais. Um desses cristais de proteína é depois utilizado para difratar radiação (raios-X), dando origem a um grande número de feixes difratados, cuja intensidade vai depender das posições dos átomos da proteína no cristal. Com essa informação os investigadores podem construir modelos 3D das proteínas. Investigadores: Tiago Bandeiras, Pedro Matias

Ingredientes bioactivos para a saúde

Esta atividade pretende ilustrar alguns dos procedimentos na origem do desenvolvimento de ingredientes funcionais a partir de produtos naturais, que podem ser utilizados na industria alimentar, cosmética ou farmacêutica. São utilizados processos limpos para extrair e formular os compostos bioativos e aplicadas diferentes técnicas para avaliar a sua capacidade de atuação, nomeadamente antioxidante ou anti-inflamatória, entre outras. Investigadores: Catarina Duarte, Teresa Serra.

Nós e os fungos

Os fungos são microrganismos que vivem onde haja água e nutrientes suficientes, como numa floresta húmida, numa peça de fruta ou numa parede duma casa velha. Os fungos podem ter muitas aplicações biotecnólógicas porque produzem medicamentos, como os antibióticos, alimentos, como os queijos Camembert, Gorgonzola, Stilton, Kopanisti ou Gammelost produzidos por Penicillium roqueforti ou queijos Roquefort ou Brie produzidos por Penicillium camemberti. Aspergillus oryzae entra na produção do molho de soja. São esses fungos que vamos ver em crescimento em colónia, ver ao microscópio e ver a sua actividadade antimicrobiana contra bactérias. Investigadores: Teresa Crespo, Vanessa Pereira
 


Time Out Mercado da Ribeira

12 de Abril, domingo | 10.00 - 22.00 | Entrada Livre

Arroz forte no campo e saboroso no prato

A crescente necessidade de alimentos e a diminuição de terras cultiváveis, aliadas aos desafios das alterações climáticas, fazem com que seja necessário explorar novas formas de cultivo. Este projecto pretende compreender como é que diferentes plantas de arroz reagem à presença de sal, de modo a que no futuro seja possível ter plantas de arroz que sejam não só saborosas no prato mas que possam também ser cultivadas em água com níveis mais elevados de salinidade, alargando assim as áreas cultiváveis para esta planta. Investigadores: Nelson Saibo, Pedro Barros


 

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