Arte e Ciência

Utilização de biofilmes como instrumento artístico

A utilização de conceitos, técnicas e materiais científicos para produzir arte e questionar o mundo actual é uma consequência natural dos avanços científicos e tecnológicos. Este projecto pretende explorar a utilização de microrganismos, mais concretamente a sua forma comunitária em coagregados, como instrumento artístico. Simultaneamente, pretende-se confrontar e debater duas actividades tidas como distintas e independentes, a experimentação científica e a experimentação artística. A fotografia é usada como técnica para acompanhar o desenvolvimento do projecto. Ver Biopinturas

2010

Skin da artista Nádia Duvall. Projecto de cruzamento entre Artes Plásticas e investigação reactiva dos materiais e químicos em superfícies aquosas, em colaboração com o laboratório de Colóides, Polímeros e Surfactantes.

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2007

Diferentes olhares sobre os "objectos científicos" da artista Patrícia Noronha  A artista desenvolveu este projecto no ITQB NOVA em colaboração com a investigadora Célia Romão em 2007.

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Marta de Menezes é licenciada em Belas Artes/ Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa e possui um mestrado em História de Arte e Cultura Visual na Universidade de Oxford. Nos últimos anos, tem vindo a explorar a interacção entre a Arte e a Biologia, trabalhando em laboratórios de investigação para demonstrar que as novas tecnologias biológicas podem ser meios artísticos e provando que os laboratórios podem ser estúdios de arte.

Enquanto artista residente no Laboratório de Tecnologia Enzimática e Microbiana do ITQB NOVA, Marta de Menezes desenvolveu o projecto Decon: Desconstrução, Descontaminação e Degradação. Este trabalho estev presente na exposição Bios4 realizada no Centro Andaluz de Arte Contemporanea CAAC em Sevilha entre 3 de Maio e 2 de Setembro de 2007.

"O projecto Decon junta elementos da história da arte e da investigação biotecnológica para criar obras de arte cujo suporte permita uma leitura do dinamismo. A biologia e biotecnologia fornecem um novo media para criação de arte que não é substítuivel por qualquer meio tradicional ou mesmo electrónico. Em Decon, torna-se possível a visualização da desmaterialização da obra de arte: aquilo que habitualmente é classificado como um objecto final e integro – as reproduções de quadros de Mondrian – são progressivamente desconstruídos ou decompostos ao longo do seu período de exposição pública. O próprio meio, neste caso as bactérias e as condições em que estas crescem, podem ser manipuladas para acelerar ou abrandar o processo de descoloração. Mas de certo modo, e esta é uma característica fascinante dos sistemas biológicos, existe sempre um factor de imprevisibilidade no processo. Por esta razão, as bactérias podem ser vistas como colaboradores ou assistentes no processo de criação artística, embora também parte da obra ela mesma. A tecnologia biológica permite-nos assim avançar para lá da aproximação ao que é vivo, ou a simulação da vida. Decon é um exemplo em que a obra de arte está literalmente viva, e como tal envelhece, morre e decompõe-se."

Por Nuno Micaelo, alumni ITQB NOVA
Exposição permanente dos trabalhos no piso 2 (entrada) do ITQB

 "... everything that living things do can be understood in terms of the jigglings and wigglings of atoms." 
Richard Feynman

Enquanto estudante de doutoramento no ITQB NOVA, Nuno Micaelo dedicou-se também a um projecto individual sobre o estudo e a exploração de novos métodos de representação molecular numa perspectiva plástica, desenvolvendo novas técnicas e abordagens de interpretação das estruturas moleculares das proteínas e ADN.